Empresário é condenado à prisão por aplicar golpes em parentes e amigos e causar prejuízo de R$ 4,7 milhões

Tribunal de Justiça de São Paulo Antonio Carreta/TJSP O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) manteve a condenação do empresário Eduardo de Viveiros Leal por um esquema de falsos investimentos que causou prejuízos de R$ 4,7 milhões. Dentre as vítimas, segundo a Justiça, estão parentes do empresário. Cabe recurso. A 1ª Câmara de Direito Criminal do TJ-SP seguiu a decisão da 4ª Vara Criminal de Campinas (SP), que determinou a prisão por cinco anos em regime inicial semiaberto. Além dos familiares, Leal cometeu o crime contra colegas de trabalho, segundo o TJ-SP. O g1 procurou a defesa do empresário, mas não recebeu retorno até esta publicação. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Campinas no WhatsApp LEIA TAMBÉM Com 15 pontos e coágulo na cabeça, jovem atropelado segue em observação na UTI em Campinas Unicamp promete reforma 'robusta' na atual moradia e estuda alojamento no campus de Limeira Como funcionava o esquema O empresário se apresentava como mediador de investimentos e convencia colegas a transferir grandes quantias em dinheiro, prometendo rendimentos de 3% ao mês. Para ganhar credibilidade, ele dizia ter desenvolvido um robô que fazia operações seguras e lucrativas. As vítimas perceberam o golpe quando tentaram resgatar os valores no prazo que havia sido acordado. No processo, o relator do recurso, desembargador Alberto Anderson Filho, afirmou que Leal agiu com o "propósito deliberado de enganar e causar prejuízo a terceiros, ao prometer vantagens financeiras, explorando, assim, a boa-fé das vítimas que acreditavam na possibilidade de retorno econômico". O que disse o empresário? Em depoimento à Justiça, Leal afirmou que sempre explicou os riscos aos envolvidos e que os contratos firmados eram de empréstimo a pedido de um dos investidores. Segundo ele, os pagamentos mensais de 3% eram realizados "independentemente dos lucros". O empresário também afirmou que os recursos eram aplicados no nome dele, com parte em renda fixa e outra parte em operações de day trade, e que de fato utilizava um robô desenvolvido por ele em uma plataforma digital. Mas, segundo ele, com o aumento dos aportes, os riscos cresceram e, diante de perdas significativas, o sistema colapsou. "Alegou que nunca se apropriou dos valores, que utilizava o mesmo método para investir seus próprios recursos e que não obteve benefício pessoal", completou o relator, ao resumir o depoimento de Leal. Cresce número de registros de golpes pela internet em Campinas e região VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias sobre a região no g1 Campinas


















